O
ex-deputado estadual e ex-prefeito de Uruguaiana, Antônio Chiarello
morreu no dia 22, aos 83 anos, no Pavilhão São Francisco da Santa
Casa, em Porto Alegre, vítima de falência múltipla de órgãos.
Chiarello
teve a vida política ligada ao antigo PTB e ao PDT. Foi um dos
fundadores do PTB em Uruguaiana, partido que presidiu na cidade por
13 anos. Funcionário concursado do Banco do Brasil (BB), não
deixava de integrar a vida do partido mesmo quando transferido de
cidade.
A
participação de Chiarello na política teve início com a chamada
Campanha Queremista, que pretendia convencer Getúlio a concorrer à
Presidência em 1945. Na eleição de 1954, elegeu-se suplente de
deputado estadual, assumindo uma vaga na Assembleia em 1957. Eleito
prefeito de Uruguaiana em 1959, exerceu o mandato entre 1960 e 1963.
A
doutora em Ciência Política e autora do livro Uruguaiana e Os
Coronéis, Lúcia Silva e Silva, lembra que a principal
característica de Chiarello era ser afável com os adversários
políticos.
Pouco
antes do golpe de 1964, foi convidado pelo presidente João Goulart
para integrar uma assessoria da Casa Civil. Acabou não assumindo a
função e em outubro foi demitido do BB em razão do AI-1.
Desempregado, trabalhou em uma agência de publicidade, como produtor
na Rádio Guaíba e, mais tarde, na assessoria do então deputado
federal Victório Trez.
Com a
anistia em 1979, aposentou-se no BB. Nos anos 80, filiou-se ao PDT e
concorreu a deputado estadual, mas não foi eleito. Assumiu, no
mandato de Leonel Brizola no governo do Rio, a superintendência para
a Região Sul do Banerj. Abandonou a vida pública em 1987. Depois de
aposentado, escreveu dois livros. Casado com Maffalda, teve os filhos
Nicia, Nicely (falecida), Nídia e Antônio Francisco, nove netos e
seis bisnetos.
Fonte:
Zero Hora, página 53 de 6 de agosto de 2004.
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